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domingo, 13 de junho de 2010

The Blue Dog Project

A APMVEAC (Associação Portuguesa de Médicos Veterinários Especialistas em Animais de Companhia) lançou a versão portuguesa de "THE BLUE DOG" ferramenta educacional interactiva que visa ensinar crianças entre os 3 e 6 anos de idade a lidar e viver de forma segura com o seu animal de estimação. A maioria das mordeduras provocadas por cães ocorre em casa e envolve crianças. Estudos científicos apontam o dedo ao comportamento desajustado da criança face ao animal especialmente em idades precoces. Saiba mais aqui.

3 comentários:

  1. Participante do Pós-graduação Bem-Estar Animal ISPA22 de novembro de 2010 às 10:32

    Este projecto é extremamente interessante embora na minha opinião seja necessário abranger todas as faixas etárias. O cão partilha connosco uma relação única e de longa data. Não há certezas quanto ao modo como terá tido início mas sabe-se que durante este espaço de tempo o cão, para além de companheiro, tem sido usado como ferramenta de caça, guarda, alimento e, mais recentemente, detecção de bombas e droga, busca e salvamento, assistência e a lista prolonga-se.

    No entanto, contrariamente ao que seria de esperar, ainda muito está por descobrir relativamente ao seu comportamento. A tão falada teoria da dominância está a cair por terra, os métodos de treino passaram de sessões de disciplina para “jogos” de reforço positivo e, finalmente, já se aceitou que o cão não é um lobo domesticado. O cão é, quanto muito, uma versão neoténica do seu antepassado, tal qual como nós (segundo afirmam algumas teorias). Será por isso que estabelecemos uma relação tão próxima? Mas porque será que existem tantas dúvidas e equívocos, apesar de termos feito a viagem evolutiva lado a lado? Ter-nos-emos afastado neste percurso e esquecido como comunicar (não há dúvida que eles não esqueceram!)? Ou será que, apesar da nossa inteligência superior (?) nunca aprendemos a falar “caninês”? Deveremos deixar ao cão toda a responsabilidade de entender a nossa língua enquanto nós nos dedicamos a cortar caudas e orelhas e a “apurar” raças criando problemas na própria comunicação entre canídeos?

    Há inúmeras questões que envolvem a problemática da agressividade canina e basta referir que é a principal causa de eutanásia na população canina para começar a entender a dimensão do problema. Acredito que se conhecêssemos e respeitássemos a linguagem do nosso “melhor amigo” a percentagem de casos diminuiria abruptamente e talvez mesmo a questão das raças perigosas ficasse resolvida. Mas esta questão dá azo para um novo tópico que também tem muito que se lhe diga…

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  2. Primeiro de tudo quero dizer que não quero que este comentário seja alvo de avaliação à cadeira de Deontologia e que só o faço porque sou completamente apaixonada por cães e achei interessante este tópico.
    Tal e qual como a tão conhecida frase "são o melhor amigo do homem". A sua lealdade perante o homem não tem limites. Tenho mesmo muita pena quando uma situação destas acontece, principalmente relativamente ao cão, que na minha opinião não tem culpa. A área do comportamento animal é uma área que me fascina imenso e adorava saber um pouco mais sobre ela. Adorava poder "entrar" na cabeça de um cão e perceber o porquê das suas acções. Acho que as pessoas quando compram um cão, têm de ter noção que se trata de um animal e não de um objecto decorativo para a casa. Não basta apenas alimentá-lo e levá-lo à rua. Acho que agora, mais do que nunca a educação do cão é fundamental. De que nos serve ter um cão no qual não confiamos? De que nos serve um cão se a sua relação com outras pessoas não é possível? Tive a oportunidade de trabalhar como voluntária numa associação de animais abandonados e conheci muitos cães. Todos eles tinham uma personalidade diferente e todos eram especiais. Os traumas de estes animais vêm de variadas maneiras...um pau, uma pedra, um homem, um chapéu...E é preciso ter um cuidado especial com estes animais porque não conhecemos o seu passado. Acho este projecto bastante interessante, mas não é tudo. Os pais destas crianças também têm de saber protegê-las, educá-las e evitar colocá-las em situações de risco. E os próprios pais também deveriam receber alguma formação. Não consigo considerar um cão "mau", acho que as suas origens, os traumas que passou, a forma como foi criado explicariam muita coisa. A visão que o cão tem de nós e a posição que ele se coloca na hierarquia da matilha (que somos nós) é fundamental. E essa posição somos nós que a criamos. Todas as nossas acções têm um impacto no cão. Pode não parecer, mas ele interpreta tudo o que fazemos e desafia-nos todos os dias...

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  3. Inês, comentários relevantes - e o seu é um - são sempre bem-vindos. Esteja à vontade de fazer tantos quanto quer!

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