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segunda-feira, 23 de abril de 2012

NYT: A Ética de Comer Carne


O jornal The New York Times lançou há um mês um inusitado desafio aos seus leitores: que os omnívoros de manifestassem e elaborassem argumentos éticos capazes de justificar o seu consumo de carne. Os textos não podiam ter mais de 600 palavras e seriam depois avaliados por um júri de especialistas, entre os quais o filósofo da Libertação Animal Peter Singer. Os seis ensaios finalistas foram recentemente anunciados e encontram-se a votação até ao final do dia 24-04.

Se é omnívoro, com qual dos textos se identifica mais?
E qual o melhor argumento ético, se é que existe, para defender o consumo de carne?

21 comentários:

  1. Uma iniciativa única e muito interessante – obrigada por ter trazido o assunto à nossa atenção.

    Permito-me a não simpatizar diretamente com nenhuma das estórias mas constatar que no seu conjunto levantam questões relevantes que enriquecem o debate. Claramente, o consumo de carne não é apenas uma expressão de gula que a pecuária intensiva tem permitido espalhar. E claramente, o não consumir não é a única maneira ética de que se posicionar em relação à carne.

    Constato com bastante satisfação que a maioria tem razão! Pelo menos, a votação separa bem os textos bem argumentados dos menos bem argumentados.

    No entanto, não sei se é mesmo a argumentação ou se é antes a promessa de poder continuar como antes que tornou o apelo à carne in-vitro vencedor. É um exemplo de “techno-fix”; através de novas tecnologias podemos resolver mais um dos problemas que de certo modo criamos através de outras tecnologias. Embora discordo em princípio, reconheço que na prática é assim que a nossa sociedade funciona. E importa dizer que nesta mesma prática, ainda há mais obstáculos por ultrapassar antes de o hamburger da incubadora estar pronto a servir – mas acredito que vamos lá chegar, e ainda no nosso tempo.

    Dois aspetos muito relevantes surgem em vários textos: o papel da pecuária no agro-ecosistema e a inevitável condição da morte. Cada um deles merece a sua reflexão. Ambos são centrais como princípios, mas também há limitações importantes.

    Uma agricultura completamente livre de pecuária seria provavelmente uma agricultura sub-otimal em termos de eficiência de gestão de recursos. Mas a agricultura predominante no mundo atual é provavelmente mais ineficaz ainda. Produz muito mais carne do que precisamos em termos nutricionais, o que torna-nos a nós como peças no eco-sistema ineficientes. E gere mal os recursos dentro do agro-ecosistema.

    E a inevitável condição da morte? Aqui vacilo um pouco. A argumentação
    “The issue of killing of a sentient being, however, lingers. To which each individual human being must react by asking: Am I willing to divide the world into that which I have deemed is worthy of being spared the inevitable and that which is not worthy? Or is such a division hopelessly artificial?”
    tem muito que se diga. Mas para esta argumentação ter coerência (não achamos que as doenças ou as guerras tem valor por nós lembrar da nossa mortalidade), precisamos de adicionar o argumento que os animais que não comemos se formos todos vegans, são animais que nunca terão uma vida. Nem filosoficamente, nem espiritualmente estamos preparados para perceber a significância pessoal de não viver, é uma condição impossível de imaginar e por isso tão difícil de se posicionar perante. Podemos parafrasear Mills e perguntar se mais vale não ser do que ser um porco insatisfeito. Não tenho a resposta. E um problema é que a suinicultura industrial apenas produz porcos insatisfeitos.

    O que faz com que aterramos novamente no ensaio vencedor. Ou abdicamos da maior parte do consumo de carne atual do mundo ocidental, para permitir que a carne que de facto produzimos venha de um modo de produção digno dos adjetivos ético e sustentável, ou ficamos pela carne do laboratório.

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  2. No que diz respeito a tua segunda pergunta, Manuel, do melhor argumento para comer carne, acrescento que seja qual este argumento for, nunca poderá defender o atual nivel de consumo.

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  3. Permitam-me que acrescente que a vitória do artigo sobre a carne in vitro se deve, provavelmente, ao apelo da Peta, enviado por email aos seus membros (eu sei porque também o recebi). Duvido que reflita realmente a opinião dos leitores omnívoros do NYT.

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    1. Boa essa... não me tinha lembrado esta possibilidade! Sim, é provável. Será o único ensaio que estará em conformidade com um pensamento de direitos dos animais, e em geral estas associações têm grande capacidade em mobilizar atividade virtual, como vimos quando a Comissão Europeia convidou os cidadãos a se pronunciar sobre a revisão da diretiva que regula experimentação animal.

      Seja como for, consta um desafio interessante para a industria de produção de carne. Até que ponto conseguem manter a imagem da carne proveniente diretamente de animais como algo mais natural do que a carne produzida in vitro?

      Assim de branco no preto pode parecer uma pergunta absurda. Mas não tenho a certeza que o pior da produção intensiva da escala que se observa nos EUA passa um exame mais detalhado.

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  4. Infelizmente, desconfio que a carne in vitro vai conquistar uma fatia muito pequena do mercado, porque a verdade é esta: quem actualmente consome carne nao vê nenhum problema ético nisso (quer por desconhecimento das condições em que os animais são criados, quer por considerarem que a cadeia alimentar é assim mesmo, entre outros motivos) e os quer vêem mudam para uma dieta vegetariana. Portanto, penso que este produto vai interessar maioritariamente a vegetarianos com saudades de carne ou a omnívoros que iam fazer a transição para o vegetarianismo de qualquer forma. Espero estar enganado.

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  5. Devo dizer que o resultado deste exercício me tem deixado a pensar nos últimos dias. Observo que a "vitória" por larga margem da carne in-vitro - independentemente das motivações por detrás - representa a vitória da ruptura: ruptura com a pecuária, com a relação homem-animal, com a ruralidade. Ao passo que outros textos procuram conciliar a pecuária com a ética para a responsabilidade (algo bastante mais exigente), este limita-se a apresentar uma solução (a médio prazo, diga-se), mas ignorando a importância que os animais têm na nossa vida (e na do planeta).

    Eu votei no texto que ficou em segundo lugar porque o argumento do equilíbrio me é muito caro: nada em excesso é bom, mas a sua eliminação também não é melhor. Os animais desempenham um papel bem maior nas nossas vidas - e na vida do planeta, reforço - do que meras fontes de proteína. A criação responsável de animais (conceito que a palavra inglesa "husbandry" encerra) é um aspecto importante daquilo que faz de nós parte integrante da comunidade de seres vivos.

    Além disso, penso que um bom argumento da defesa do consumo de carne não pode ignorar as questões ambientais. E a questão ambiental não é preta e branca: dizer que a carne é pior porque consome mais água e ocupa terra arável não chega porque é só meia verdade. E aqui o terceiro classificado marca pontos.

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  6. Eu acho que o texto vencedor pinta um retrato realista sobre as origens de, sei lá, 95% da carne consumida nos países ocidentais. Por muito apelativas que sejam as visões retratadas nos outros textos (e eu não as acho assim tãaao apelativas: os meus avós são do campo e já os vi a matar leitões, o animal sofre enormemente antes de lhe cortarem a goela, durante e depois, enquanto se esvai em sangue e esperneia freneticamente; é duro, mas a "husbandry" tradicional não emprega cá atordoamentos antes do abate), como eu estava a dizer, por muito apelativas que essas visões sejam, não é essa a realidade da indústria pecuária moderna. O estrume acumula-se em enormes lagos, infiltra-se na terra e contamina linhas de água; os animais vivem em autênticas fábricas, alguns nunca vêm a luz do Sol, ou seja, o tal equilíbrio entre os animais domésticos e as culturas vegetais não existe. E a não ser que a procura por carne diminua drasticamente (e o que se perspectiva é o oposto), não vai voltar a existir em larga escala.

    É por isso que eu acho que o texto vencedor olha para um possível futuro, ao passo que os outros olham para um distante passado.

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    1. Faço a mesma reflexão. É certo que vários dos textos sobre agricultura da pequena escala falam de experiência pessoal, de tentativa de voltar a introduzir este modo de produção, e vamos presumir que também terão sucesso, que neste sentido não é uma perspetiva romantica apenas mas também realista para eles como produtores.

      Mas para nós como consumidores, falta dizer que se é desta pecuária que vamos ter a nossa carne, vamos ter que pagar muito mais e consumir muito menos. Pessoalmente estou disposta a isso, estou mais do que contente com comida vegetariana 4-5 dias por semana mas aprecio um bom prato de carne quando de facto como. E se calhar mais pessoas estarão se tivessem mais experiência, não só com as condições da pecuária atual mas com boa comida vegetariana. (O que leva a refletir sobre o texto que refere a mãe solteira que escolhe frango porque não sabe cozinhar lentilhas!).

      É falacioso defender a pecuária presente com argumentos que apenas se aplica a uma agricultura ideal, mas parece-me igualmente falacioso defender a abolição da pecuária por a presente ser insustentável.

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    2. Acrescento que aprecio um bom prato de carne quando tiver a certeza que vem de animais que foram criados como deve ser.

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    3. Ricardo, em relação ao abate, nada a dizer, já que a tecnologia trouxe benefícios em termos de bem estar que a "husbandry" tradicional não podia abarcar.

      Mas tudo o resto de que fala não é uma fatalidade da indústria pecuária e resulta da imagem negra da má pecuária (de que a suinicultura da região de Leiria é um bom - ou seja, mau - exemplo). Mas a boa indústria pecuária é muito menos poluente e procura o equilíbrio com as culturas vegetais; é o caso do porco alentejano criado em regime extensivo e alimentado a bolota do montado. Para se olhar para um possível futuro não é preciso romper com o passado (que afinal não está assim tão distante).

      Mas concordo com a Anna que não é o porco preto alentejano que vai alimentar a mãe solteira e seus filhos.

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    4. É perfeitamente possível dar não só uma boa vida como também uma boa morte a animas também na pecuária da pequena escala. Atordoamento por concussão cerebral requer tecnologia mas não é complicada nem uma maquinaria grande - isto de facto é feito 'manualmente' (no sentido que é uma pessoa que segura na pistola e a coloca na testa do animal) nos matadouros. Uma maquina como a que está a venda aqui http://www.bogima.pt/produto.aspx?lang=pt&id_class=296&name=Atordoamento-por-concussao-cerebral custa cerca de 900 euros mas pode servir para uma aldeia inteira.

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    5. É certo que não é o porco preto alentejano que vai alimentar a família que vive de rendimento mínimo.

      Mas qualquer cozinha tradicional de qualquer cultura do mundo, e a portugusea por excelência, está adaptada a uma realidade em que carne é um luxo. Assim foi em qualquer país europeu até os anos 50/60.

      Porque temos todos estes maravilhosos pratos que combinam feijão em todas as vertentes com um pouco de carne e fumados? Porque a carne era cara, não se podia consumir em quantidade e a proteina tinha que vir sobretudo de outras fontes.

      Nem é preciso grande revolução, nem livros de cozinha vegetariana para consumir menos carne!

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  7. Li os 12 comentários e a mesma pergunta ainda não saiu da minha cabeça: se não precisamos de comer carne, porque haveremos de o fazer? Porque haveremos de retirar o direito a viver a um ser senciente, que certamente desejaria continuar a comer bolotas por muitos mais anos?

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    1. Resposta clássica: porque se não comessemos carne não haveria animais. Isto é, ao domesticarmos o porco preto estamos a conceder-lhes "o direito a viver" (incluindo comer bolotas durante dois ou três anos) e não o contrário.

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    2. Que conveniente, estarmos a conceder o "direito de viver" aos animais que bem entendemos, nas condições que bem entendemos e durante o tempo que bem entendemos. Porque, no fundo, temos interesse nisso.
      Quanto ao conceito de "direito de viver", é um conceito absoluto. Não creio que faça sentido falarmos deste conceito só durante 6, 12 ou 18 meses (ou outro tempo que entendamos por necessário até o animal ficar "no ponto" para ir para o prato). Além de que me parece bastante pretensioso esse tipo de raciocínio por parte do ser humano (mais aí já entrávamos no campo do antropocentrismo).
      No entanto, caso o ser humano deseje mesmo conceder o "direito de viver" a estes animais, haveria muitas formas de o fazer (ex: santuários), sem termos que os comer ou vestir. Por exemplo, não fazemos isso com o cão.
      Já agora, qual o argumento para comermos os peixes?

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    3. Concordo. A expressão "direito a viver" que o Jorge usa remete para a análise da Orsolya sobre direitos dos animais (animalogos.blogspot.pt/2013/01/direitos-dos-animais-uma-perspectiva.html) em especial para o conceito de direitos naturais (e com o qual estou tendencialmente de acordo).

      Com peixe depreendo pesca, correcto? Com o pescado, a única interacção Homem-Animal dá-se no momento da captura. Por isso os argumentos para comer peixe sempre foram mais de ordem ambiental (ligação com a natureza, exploração de um recurso renovável) e ignorando muitas vezes o próprio animal, nomeadamente a sua senciência.

      Mas ocorreu-me outro argumento para a sua pergunta inicial: podemos comer um animal, desde que abatido de forma humanitária, porque ele vive o presente e não tem perspectivas futuras (isto é, não há evidências que nos digam que ele, de facto, desejaria continuar a comer bolotas por muitos mais anos).

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    4. Não tendo eu bases em Biologia ou Etologia, não posso afirmar se os animais têm ou não perspectivas futuras. Embora me custe a crer totalmente nessa afirmação, por exemplo quando vejo um animal esconder a sua caça para se alimentar posteriormente. No entanto, o que é certo é que cada vez sabemos mais sobre os animais, cada vez os conhecemos melhor. Pelo que, no mínimo, seria prudente assumir a possibilidade de eles também poderem ter algum tipo de perspectivas futuras.
      De qualquer forma, tal facto é irrelevante. Pois se assumimos que não tem interesse em viver, então a questão nem se coloca e não há justificação nenhuma para sequer ele nascer (o tal "direito de viver"). Se, por outro lado, assumimos que tem interesse em viver, então não temos o direito de lhe retirar a vida apenas para nosso prazer.

      Nota 1: Estamos sempre a argumentar num plano teórico em que consideramos que o animal viveria uma vida feliz e seria morto sem sofrimento (e sem sentir angústia, medo, etc.). Ora, todos sabemos que este cenário só existe nos desenhos animados infantis (não no mundo real).

      Nota 2: De realçar que os argumentos expostos são válidos para qualquer animal. Ou seja, quem defende que é ético comer um porco, vaca ou galinha, por uma questão de coerência deve aceitar como igualmente ético o consumo de cães, gatos, leões ou elefantes, por exemplo.

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    5. Re Nota 1: É, de facto, difícil dar uma boa vida aos animais domésticos. Mas não é de todo impossível. Há até ideias originais para o fazer. Ver a título de exemplo: http://animalogos.blogspot.pt/2012/05/brincar-com-porcos.html

      Publicámos também recentemente uma mensagem que ilustra um abate de porcos onde não há angústia, medo ou sofrimento.
      http://animalogos.blogspot.pt/2012/12/bem-estar-no-abate-kill-it-cook-it-eat.html

      Re Nota 2: Dizer que quem come porco também devia comer cão é uma falácia argumentativa que ignora a complexidade de relações que humanos desenvolveram ao longo de milhares de anos com porcos e cães. Seria o equivalente a dizer que quem aceita o aborto também deveria aceitar a pena de morte. Aqui subjaz o princípio da igualdade aristotélica: porco e cão não são iguais, tal como feto e adulto não são iguais.

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    6. Manuel, eu não disse que quem come porco também deve comer cão. Disse que quem come porco não deve condenar quem come cão.
      E mesmo que exista essa complexidade de relações entre humanos e cães, do ponto de vista ético é absolutamente irrelevante. Pois, como é óbvio, os padrões e éticos e morais não são ajustados à nossa maior ou menor afinidade emocional por uma pessoa, raça ou espécie.

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    7. "se não precisamos de comer carne, porque haveremos de o fazer?"

      Já ouvi toda a espécie de respostas a esta pergunta. Porque "os animais também comem outros animais", porque "as plantas também têm direitos", porque "um animal com fome não hesitaria em comer-te" ou simplesmente porque "nos dá prazer". De realçar que acho as 3 primeiras absurdas e a última não satisfatória do ponto de vista ético.

      Há ainda uma outra que ouvi originalmente contra o fim das touradas, mas que também se aplica à pecuária, que tem a ver com necessidade de evitar que os milhares de pessoas que dependem desta atividade fiquem sem o seu sustento. Do ponto de vista utilitarista, este argumento faz mais sentido, mas só se considerarmos que o sofrimento causado a essas pessoas seria superior ao sofrimento atualmente causado aos animais. A pessoas que usou este argumento atribuía mais peso ao sofrimento humano que ao animal, pelo que este argumento lhe parecia perfeitamente razoável. Para mim, não há razões morais para atribuir pesos diferentes apenas com base na espécie, o mesmo tipo de sofrimento deve ser encarado de igual forma qualquer que seja a espécie do indivíduo que experiencia esse sofrimento. Apesar de o sofrimento experienciado por pessoas ser normalmente mais severo que o sentido por animais (devido à capacidade de antecipar consequências adversas, à frustração de planos de longo prazo para a sua vida e a outras capacidades cognitivas avançadas) acho que ainda assim não ultrapassa o sofrimento causado aos animais criados para alimentação.

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  8. Que os animais não possam ter a perspetiva de que serão mortos (ou pelo menos não sofrer ao saber isto) é de facto uma condição necessária para que 'boa vida com a duração apropriada para produzir carne' seja uma opção moralmente aceitável.

    Não implica necessariamente que os animais não tenham nenhuma perspetiva de tempo. Seria estranho se não tivessem alguma. Mas presume que não poderão ter a perspetiva da morte como o fim da vida. E penso que não terão. Não sei quando uma criança passa a ter esta perspetiva, mas creio que não será antes dos 2-3 anos. Pois é possível bastante complexidade cognitiva e comportamental sem atingir esta capacidade.

    Re Nota 1. Sem duvidas há aqui uma porção grande de discussão teórica, e o argumento que os animais não têm perspetiva da morte não justifica de serem mal tratados, alojados em condições inapropriadas, transportados longas distancias etc etc. Justificaria alguma produção extensiva ou caseira, mas longe de toda esta sequer.

    Re Nota 2: Concordo. Haverá outras razões para comer animais das espécies que comemos, como a possibilidade de os manter em cativeiro. E tendemos a não comer carnívoros terrestres, e o consumo de carnívoros marinhos (peixes) ilustra-bem os problemas de comer quem já comeu muitos e acumulou no seu corpo o que estes já comeram. Mas são outras questões.

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