tag:blogger.com,1999:blog-7684587946861102596.post1944963957243277992..comments2023-10-03T18:32:44.981+01:00Comments on animalogos: O que é um animal?Anna Olssonhttp://www.blogger.com/profile/17336512136344701534noreply@blogger.comBlogger2125tag:blogger.com,1999:blog-7684587946861102596.post-63492343195243955542010-03-25T12:37:09.187+00:002010-03-25T12:37:09.187+00:00Esta será uma das clássicas questões do tipo "...Esta será uma das clássicas questões do tipo "where do we draw the line?".<br />Tecnicamente, para que um ser possa ser designado como animal, deverá ser pluricelular, heterotrófico (com algum tipo de cavidade gástrica), possuir diferenciação celular em dois ou mais diferentes tipos de tecidos. Se formos à Wikipedia, encontramos lá listada também como característica fundamental a "capacidade de responder ao ambiente". <br />Discordo que tal seja exclusivo dos animais (aliás, a própria definição de "Ser Vivo" inclui a existência de algum tipo de interacção sensorial com o meio ambiente, seja ela de natureza nervosa, quimiotáxica, molecular adaptativa ou outra) mas este é, certamente, o ponto em questão aqui. <br />Pedindo emprestada a Jeremy Bentham a sua mais famosa declaração, adapto-a agora aqui para: "A questão não é: - São animais? Ou tampouco: - Tem sistema nervoso? Mas antes: - Tem um sistema nervoso suficientemente desenvolvido para que possam sentir mal-estar? <br />Podíamos agora entrar na discussão quasi-filosófica do que se entende por “mal-estar”. Para o efeito desta discussão, permitam-me definir aqui mal-estar como algo que o animal efectivamente SENTE como nocivo e que está motivado para evitar. <br />Evidentemente, para uma dada espécie animal podemos conceder que haja diferentes tipos e graus de mal-estar – por exemplo, muitos de nós preferiríamos uma dor de cabeça àquela associada a uma fractura óssea – e não será difícil aceitar que esta variabilidade da intensidade, percepção e entendimento da dor (ou mal-estar, no geral) variará também de espécie para espécie. <br />Se as espécies animais forem de vertebrados com sistemas nervosos e mecanismos sensoriais similares aos nossos, é para mim um pouco mais fácil entender o que poderá ser nocivo, por proxy. Aliás, é recomendado que em experiências em animais que envolvam infligir dor, o experimentador teste o estímulo em si primeiro (haverá sempre diferenças, quanto mais não fosse somente devidas a questões mais “mecânicas”, como a diferença das massas, da espessura da pele, etc.)<br />Por ser mais fácil ter estes animais em consideração, não será de admirar que estejam contemplados na lei, ao passo que outros não o estão. Mas à medida que nova informação é disponibilizada sobre a senciência dos invertebrados (dando-se o habitual hiato que leva a que informação científica seja tida em consideração na política), a protecção vai-se estendendo a alguns representantes deste grupo (de classificação prática, não sistemática), e o caso mais paradigmático é o polvo. <br />Agora, seja em termos éticos, científicos e legislativos, deparamo-nos com, por um lado, a ainda escassa informação sobre a senciência dos invertebrados, por outro, com a incapacidade (dos políticos, principalmente, mas não só) de, na prática, ter em consideração todos os pedaços da já considerável quantidade de informação existente. <br /><br />De novo, “Where fo we draw the line?”Nuno Henrique Francohttps://www.blogger.com/profile/12488454223662988712noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7684587946861102596.post-15895224600516169112010-03-25T03:26:48.057+00:002010-03-25T03:26:48.057+00:00Para mim, existem duas caracteristícas de natureza...Para mim, existem duas caracteristícas de natureza biológica - e portanto, objectivas - capazes de definir o que é um animal: a presença quer de tecido nervoso quer de tecido muscular. Mas isso não quer dizer que todos mereçam a mesma protecção, por igual. Aliás, a legislação não pode seguir a biologia, sob o perigo de ao tentar proteger todos, não proteger nenhum. Na prática, deve existir uma fronteira entre aqueles que merecem protecção e aqueles que, segundo a melhor evidência científica, não são afectados pela falta dela.Manuel SantAnahttps://www.blogger.com/profile/03380141463075539911noreply@blogger.com