tag:blogger.com,1999:blog-7684587946861102596.post2950040983843412847..comments2023-10-03T18:32:44.981+01:00Comments on animalogos: Academicos opinativos - entrevista com Mickey GjerrisAnna Olssonhttp://www.blogger.com/profile/17336512136344701534noreply@blogger.comBlogger6125tag:blogger.com,1999:blog-7684587946861102596.post-84933923318922631312012-12-14T03:24:49.508+00:002012-12-14T03:24:49.508+00:00Já agora, deixo aqui um excerto do episódio só com...Já agora, deixo aqui um excerto do episódio só com a parte do abate: http://www.youtube.com/watch?v=7iS3LUE9P8gRicardo Reishttps://www.blogger.com/profile/08175775301432705279noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7684587946861102596.post-37505876227999943712012-12-14T03:21:07.843+00:002012-12-14T03:21:07.843+00:00Não sabia exactamente onde colocar esta questão, m...Não sabia exactamente onde colocar esta questão, mas uma vez que este post fala sobre as práticas da indústria pecuária fora de Portugal, parece-me o mais adequado. <br /><br />Ontem vi um episódio do programa britânico "Kill it, Cook it, Eat it", que pretende mostrar a um grupo de pessoas ao vivo e aos telespectadores, todo o processo de abate, desmanche e preparação da carne, sendo dada oportunidade aos presentes de comer a carne do animal que viram ser abatido.<br /><br />O episódio de ontem foi sobre porcos. Ora, durante o programa, foram feitas duas afirmações sobre as quais eu gostava de ouvir a opinião dos especialistas.<br /><br />A dada altura foi dito que o Reino Unido tinha as melhores práticas em termos do bem estar dos animais durante o abate (apesar de um representante da Compassion in World Farming ter dito que nos maiores matadouros a pressa é tanta que os animais podem não ficar devidamente atordoados e acordar antes de morrerem), contrastando com a Europa Continental, que ainda teria um longo caminho a percorrer. Eu gostaria de saber se é verdade, ou se há algum chauvinismo da parte das autoridades britânicas.<br /><br />Outra coisa que disseram, na voz de uma oficial do Meat HYgiene Service, foi que o atordoamento provoca o equivalente a um ataque epiléptico, pelo que os movimentos das pernas que vemos pouco depois do atordoamento são espasmos involuntários e até indicam um bom atordoamento. Isto é verdade? Se sim, então como podemos saber se um animal está a recuperar consciência antes de morrer? Que sinais nos indicariam isso?<br /><br />Por último, confesso que fiquei um pouco surpreendido por nenhuma das pessoas que testemunhou o abate, aparentemente, se ter recusado a comer a carne cozinhada a partir daquele porco. Faz-nos pensar se Paul McCartney tinha razão quando disse: “If slaughterhouses had glass walls, everyone would be a vegetarian.” Atribuo essa recusa a 2 factores:<br /><br />- O processo de abate mostrado parecia de facto seguir as melhores práticas: os porcos nunca se mostraram agitados, o atordoamento foi eficaz, o sangramento foi rápido, de uma maneira geral, parece não ter havido sofrimento da parte dos porcos.<br /><br />- A responsável do MHS foi explicando o que estava a ser feito e reassegurando as pessoas que os animais estavam a ser abatido da forma o mais humana possível. Sem essa responsável lá, algumas pessoas poderiam ter pensado que os porcos estavam a voltar a si quando agitaram a perna durante o sangramento. Além disso, acho que a presença da responsável faz com que as pessoas racionalizem mais o que estão a ver, ao invés de reagiram emocionalmente. Ricardo Reishttps://www.blogger.com/profile/08175775301432705279noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7684587946861102596.post-37733063274944928932012-12-07T14:30:39.135+00:002012-12-07T14:30:39.135+00:00Não podia concordar mais consigo. Embora não é evi...Não podia concordar mais consigo. Embora não é evidente que teriamos acesso aos canais televisivos. há muito espaço por explorar nas paginas de debate dos jornais. <br /><br />O que acontece é que este tipo de participação é pouco valorizado na carreira de um académico. Se eu considero o tempo e esforço preciso para escrever um artigo de opinião para a imprensa nacional na luz do retorno que isto traz para o meu CV (que é práticamente nenhum), não escrevo artigos de opinião.<br /><br />Mas creio que não faltam académicos opinativos entre os autores e comentadores do animalogos, Ricardo incluído, o que espero pode eventualmente se espalhar para além do blog, e inspirar à participação em debates fora desta esfera.<br /><br />Anna Olssonhttps://www.blogger.com/profile/17336512136344701534noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7684587946861102596.post-54852666072493761272012-12-07T05:26:59.079+00:002012-12-07T05:26:59.079+00:00Muito interessante. Fazem falta acedémicos opinati...Muito interessante. Fazem falta acedémicos opinativos (sem ser economistas...) na sociedade portuguesa, não só neste tema como em muitos outros. Já cansa ver as "talking heads" de sempre na televisão...Ricardo Reishttps://www.blogger.com/profile/08175775301432705279noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7684587946861102596.post-40249136033610863122012-11-12T11:14:20.699+00:002012-11-12T11:14:20.699+00:00É evidente (embora deprimente) que temos como sere...É evidente (embora deprimente) que temos como seres humanos uma enorme capacidade de adaptar o que achamos aceitável à prática local. Isto não é necessariamente relativismo cultural (a ideia que não há ética geral, tudo depende da cultura em que estamos); pode ter a mesma definição do que é bem-estar animal como base mas ter maneiras diferentes de definir o que ameaça este bem-estar.<br /><br />Dou-me a mim como o primeiro exemplo. Saí da Suécia para estudar na Holanda em 1993, 5 anos depois da entrada em vigor da nova lei sueca de proteção animal que tinha sido âmbito de grandes discussões e grandes afirmações do país como campeão mundial em proteção animal. Com 23 anos e muito idealismo, claro que estava a espera de encontrar horrores naquela pecuária continental feita para gerir dinheiro. Claro que achei impressionante e triste ver porcas enjauladas, o que tinha sido o símbolo de instalações inapropriadas para mim e que agora podia ver na realidade. Mas igualmente chocada fiquei comigo quando me apercebi que eu própria tinha assumido como a coisa mais natural do mundo ter as vacas leiteiras presas durante 9-10 meses por ano, por isso ser a maneira tradicional sueca. As vacas holandesas estavam todos em estabulação livre… <br />Anna Olssonhttps://www.blogger.com/profile/17336512136344701534noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7684587946861102596.post-12127654405526580982012-11-09T23:40:14.713+00:002012-11-09T23:40:14.713+00:00Dois comentários:
Um em relação ao Mickey, um dos...Dois comentários:<br /><br />Um em relação ao Mickey, um dos mais brilhantes académicos que já conheci, quer pela força das suas ideias quer pela forma coerente como as defende.<br /><br />Outro relativamente à indústria pecuária dinamarquesa. Nem tudo o que luz é ouro e nas minhas entrevistas a alunos e professores de veterinária, foram-me narradas histórias de castração de leitões sem anestesia (algo que em Portugal já não se vê fazer), e de como a pressão económica está a arruinar a prática clínica veterinária já que os animais doentes acabam muitas vezes por ser abatidos em vez de tratados.<br /><br />O problema não é só dinamarquês e reflecte uma tendência da pecuária moderna: o valor de cada animal é inversamente proporcional à produtividade da exploração. Pernicioso.Manuel SantAnahttps://www.blogger.com/profile/03380141463075539911noreply@blogger.com