tag:blogger.com,1999:blog-7684587946861102596.post4897964251610145609..comments2023-10-03T18:32:44.981+01:00Comments on animalogos: O que é uma estereotipia?Anna Olssonhttp://www.blogger.com/profile/17336512136344701534noreply@blogger.comBlogger3125tag:blogger.com,1999:blog-7684587946861102596.post-87948996889979313982018-02-17T20:35:54.916+00:002018-02-17T20:35:54.916+00:00Seu comentário foi muito esclarecedor e prova ser ...Seu comentário foi muito esclarecedor e prova ser sério e comprometido. Parabéns e obrigada! Lígia Galvãohttps://www.blogger.com/profile/00072506169177214621noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7684587946861102596.post-66564308579018428972014-03-25T12:23:25.561+00:002014-03-25T12:23:25.561+00:00Obrigada pelo comentário.
O ambiente pode ser o f...Obrigada pelo comentário.<br /><br />O ambiente pode ser o factor principal causador do desenvolvimento das estereotipias, e o ser humano deve sempre procurar de fornecer um ambiente que corresponda às necessidades dos animais nele mantido. <br /><br />No entanto, falando de estereotipias em cães num contexto de medicina comportamental, é importante lembrar que pode haver outras causas, e que a terapia indicada pode variar em função disto. <br /><br />Daniel Mills dá o comportamento canino de tail-chasing como um exemplo. Um comportamento que pode parecer muito semelhante pode ter origens tão diversas como:<br />- conflito de motivação<br />- ataque epilético<br />- infeção do ouvido<br />- dor na zona da cauda<br />- neuropatia<br />- resposta que animal aprendeu chama a atenção dos donos<br />- estereotipia no sentido estrito do termo. <br /><br />(Mills & Luescher. Veterinary and Pharmacological Approaches to Abonromal Repetitive Behaviour. In: Mason & Rushen, Stereotypic animal behaviour. 2006 CABI). Anna Olssonhttps://www.blogger.com/profile/17336512136344701534noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7684587946861102596.post-30813595575271336132014-03-01T01:10:34.067+00:002014-03-01T01:10:34.067+00:00A propósito de estereotipias em ambiente de cative...A propósito de estereotipias em ambiente de cativeiro, há muito que o cão é considerado um animal doméstico cujo ambiente natural é a casa e/ou o jardim. Então porque se identificam tantas estereotipias no cão que (con)vive com o ser humano? E, porque existem tantas semelhanças entre as estereotipias dos animais de zoológico e as dos cães domésticos?<br />Relembremos as estereotipias caninas: o “cão andar esquipadamente em uma determinada área, caminhar em uma figura de oito ou circular, pular no mesmo lugar, correr ao longo da linha de uma cerca, escavar, arranhar o chão, andar em círculos, rodopiar ou não se mover em absoluto (paralisar)” (Beaver, 2001: 384). Estes exemplos em muito se aproximam dos comportamentos dos animais de zoológico descritos no post publicado por Anna Olsson.<br />Com efeito, o cão tem estereotipias quando a energia física e mental que liberta através do estímulo e da actividade nos passeios e interacções com os donos são insuficientes para colmatar as suas necessidades caninas mais naturais. Adicionalmente, as estereotipias podem também ter uma origem cognitiva: perante uma situação desconhecida, uma novidade, o cão opta por ter comportamentos estereotipados, simplesmente porque não aprendeu junto dos seus pares a resposta comportamental canina. <br />Por outras palavras, o humano trouxe o cão para dentro de casa, colocou barreiras físicas que impedissem a sua fuga, mas ‘esqueceu-se’ que o cão poderia vir a sofrer de tédio e entrar em rotinas ‘de não ter nada para fazer’. Não será este um contexto semelhante aos animais de zoológico que, não obstante o espaço disponível, carecem de estímulos similares aos do seu habitat natural? Penso que sim.<br />Assim, parece que a adopção de comportamentos estereotipados sugere que essa é uma ferramenta que os animais utilizam para lidar com o stress. São várias as teorias que tentam explicar as estereotipias caninas. Da minha parte, permitem-me que me foque numa: a do enriquecimento ambiental. Segundo esta teoria, o cão sofre de estereotipias quando o ambiente que o rodeia desencadeia um estímulo aquém das suas necessidades (Bonnie, 2001). <br />De acordo com esta explicação das estereotipias caninas, resta saber como deve o humano promover um ambiente que corresponda às necessidades do cão. <br />Ao introduzirem-se elementos novos, simples e estimulantes no espaço onde o cão vive possibilita-se, por um lado, a oportunidade de escolha, por outro lado, que o cão possa optar pelo comportamento que se lhe afigure como mais natural. <br />Exemplificando, tal como os exemplos apresentados no post sobre o porco e o cavalo, é possível estimular o cão na procura de alimento. Construindo uma gincana com diferentes tipos de piso e de obstáculos para que através do tacto, olfacto e visão o cão possa encontrar a sua refeição de forma desafiante. A variedade dessa refeição pode promover a conjugação do estímulo dos sentidos com o estímulo das texturas, sabores e odores.<br />Consoante a personalidade do cão, estas poderão ser actividades individuais ou em grupo de pares (outros cães). Assim, para além das componentes alimentar, física, cognitiva e sensorial trabalhar-se-á também a componente social.<br />Na tentativa de resolução de estereotipias caninas, por último, é importante sublinhar que cada cão tem a sua personalidade e as suas carências. Mais, ao longo do curso de vida as necessidades do cão alteram-se. Assim, não existe uma receita de sucesso, cabe a cada dono ter a sensibilidade de identificação dos estímulos mais adequados ao seu cão, bem como a capacidade de experimentação até ser conhecida a fórmula mais ajustada ao seu animal. <br />Beaver, Bonnie V. (2001) Comportamento Canino: um guia para veterinários. São Paulo: Roca.<br />Angela B.https://www.blogger.com/profile/12071025703623725632noreply@blogger.com