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domingo, 17 de janeiro de 2016

Conferencia sobre Ética e o Futuro da Medicina Veterinária

A Universidade de Utrecht, na Holanda, organiza de 19 a 20 de Maio de 2016 a conferência "Ethics and the future Veterinary Professional". À luz dos avanços da Biomedicina, do interesse crescente do público pelas questoes de Bem-estar animal e dos desafios colocados por fenómenos globais como as alteraçoes climáticas, esta reunião pretende debater o papel da profissão veterinária num mundo em rápida mudança. Mais informaçoes podem ser encontradas aqui.

Esta é a terceira conferência internacional sobre ética veterinária a realizar-se na Europa. A primeira teve lugar em 2011, no Royal College of Physicians, em Londres e foi organizada pelo Royal Veterinary College. Foi uma reunião generalista e que abordou numerosos temas, como demos conta, na altura, aqui no animalogos. Desse evento resultou o livro Veterinary and Animal Ethics, da UFAW Animal Welfare Series.

Mais recentemente, em 2015, O Messerli Research Institute (Faculdade de Medicina Veterinária, Univeridade de Viena) organizou a conferência VETHICS FOR VETS - Animal Welfare and Veterinary Medicine, que se debruçou sobre as questoes éticas que os médicos veterinários oficiais enfrentam.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

Food Futures - congresso da EurSAFE 2016 no Porto!



Submissão de trabalhos até dia 25 de Janeiro de 2016.

  • Temas:
    • Política alimentar, democracia, regulação e direitos individuais
    • Sustentabilidade, ambiente e produção alimentar
    • Ética e bem-estar animal 
    • Perspectivas críticas sobre a alimentação e a experiência humana (migração, cultura, assimilação cultural, resistência e dinâmicas sociais) 
    • Cenários prospectivos utópicos holísticos 
    • Modos de combate ao desperdício alimentar; 
    • Ética em nutrição e política alimentar. 

Mais informação no website do congresso.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Quem salva estes animais?

O ano de 2015 terminou com uma notícia dramática, pelo menos para quem se preocupa com o bem-estar animal. Mais de 100 bois, vacas e vitelos (170 animais, incluindo cavalos, segundo o Correio da Manhã) estão a morrer lentamente à fome, abandonados à sua sorte pelo seu produtor. 

O produtor junto a um animal em cadavérico, prestes a morrer. (Fonte:Jornal de Notícias)
O problema é de difícil resolução mas conta-se em poucas linhas. José Vieira, produtor agropecuário com historial de problemas com a justiça e de tratamento negligente dos animais ao seu cuidado,  está proibido de comercializar os animais, que se encontram sob sequestro pela Direcção Geral de Alimentação e Veterinária por ter detectado brucelose na exploração. A situação tem vindo a arrastar-se desde então, tendo o produtor, sem subsídios nem quaisquer outros meios de prover aos animais, deixando estes à sua sorte, num local onde o pasto tem vindo a rarear. A recente chamada de atenção para o problema resultou de um crescente número de mortes, desde Agosto, por estado avançado de inanição.  

Fonte: SIC

Mas já antes o abandono destes animais tinha tido consequências dramáticas, como a morte pelo fogo ou o seu abate a tiro pela divisão SEPNA, da GNR. 

Versão impressa da notícia de 20/07/2012
Estes e outros problemas com as autoridades têm vindo a ocorrer pelos menos desde 2003. Não obstante, o produtor vitimiza-se e culpa o Estado pela situação, apesar de ter recebido múltiplos avisos e até ajudas para regularizar a sua situação (ver o vídeo). A ser assim, a questão coloca-se: como pode ter sido permitido a este produtor continuar a ter uma exploração?  

É necessário apurar responsabilidades, mas urge neste momento, face à emergência de valer a estes animais, elaborar um plano urgente para os ajudar. A solução mais costumeira é o abate (humano) dos animais para prevenir que a situação se arraste e assim poupá-los a mais sofrimento. Há, contudo, outras opções, como defende o PAN, mas que poderão ser inviáveis dados o elevado custo de manutenção dos animais (300 € diários, segundo José Vieira). 

Serve este caso ainda para salientar a importância de prevenir estas situações, através de uma supervisão eficiente e intervenção rápida por parte das autoridades, que permita agir atempadamente quando é evidente que um produtor não tem capacidade para suprir as mais básicas necessidades dos animais, poupando-os a sofrimento evitável.