Dois estudos recentemente publicados na revista PLoS ONE abordam o que provavelmente são as duas preocupações
humanas mais básicas com bem-estar animal:
assegurar que os animais não sintam dor enquanto vivem e que a morte seja
rápida e indolor.
O trabalho do Matt Leach insere-se na linha de investigação por excelência do grupo de biologia comparativa da Universidade de Newcastle, que há décadas desenvolve metodologia para medir dor em animais de laboratório.O estudo
demostra que se consegue distinguir um animal que tem dor de um em ao qual
foi distribuído um analgésico através de análise da expressão facial e através de
análise manual de comportamento, mas que uma análise automatizada de
comportamento não consegue fazer esta distinção. (Ou seja, não é só uma questão
de ver
a dor nos olhos do ratinho mas também de ter olhos para ver.). Falaremos
mais sobre este estudo num post a vir.
O segundo trabalho vem também de Newcastle, e é motivado pela preocupação com o possível sofrimento associado a eutanasia com CO2. Este gás é a escolha preferida para a eutanásia de animais em grupo, por ser fácil de administrar sem ser tóxico nem caro. Mas do ponto de vista de bem-estar animal a prática tem sido questionada: há indicações que a inalação de CO2 causa dor e desconforto antes que o animal perca a consciência. O estudo agora apresentado no PLOS ONE demostra que a administração de N2O em conjunto reduz o tempo até inconsciência, assim reduzindo o tempo em que os animais possam estar em sofrimento antes de perder a consciência.
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