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sexta-feira, 30 de julho de 2010
E a Catalunha diz não às Touradas
A Espanha enfrenta uma cisão histórica. Atrevo-me a dizer que anos de separatismo Basco não foram capazes de dividir tanto a sociedade espanhola como a decisão do Parlamento da Catalunha em proibir, a partir do início de 2012, as corridas de touros no seu território. No vídeo disponível no site do jornal El Mundo podemos ver como a notícia foi recebida na galeria do parlamento catalão: aplausos efusivos de um lado, choro desconsolado no outro. Os comentários a esta notícia ultrapassam já os 2250 e o ano e meio que falta para a lei entrar em vigor promete ser quente com apelos dos pro-taurinos ao Tribunal Constitucional e ao Congresso. Aliás, a contra-reforma já começou, com a putativa iniciativa do PP de fazer das toradas Património Cultural da Humanidade.
A decisão catalã não apanha ninguém de surpresa: há muito que se debatia a questão taurina. Mas ela pode ser o início de um ciclo, tal como tem acontecido em Portugal com o crescente número de autarquias a suprimir os espectáculos tauromáquicos nas suas praças. Entretanto, a corrida vai continuar a ser perseguida e acossada porque a sua defesa, em termos de ética animal, é frágil e ninguém parece disposto em reformá-la. Como defendi recentemente num artigo de opinião: "a festa brava encontra-se numa encruzilhada: ou continua surda aos gritos de revolta e assiste imóvel ao crescente mediatismo dos argumentos das organizações zoófilas (...) ou oferece o dorso ao ferro e promove a reformulação de algumas das práticas que constituem a lide."
Não me afirmo aficionado mas também não partilho da opinião dos paladinos dos direitos dos animais de que a tourada representa a barbárie e a tortura. Sei que a abolição catalã vai ser agora usada pelos grupos activistas como um exemplo a seguir por uma sociedade evoluída e humanista. No entanto, considero-me mais um reformista do que um abolucionista e gostava de ver a questão taurina a ser debatida mais ao nível dos consensos do que das imposições legais.
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Manuel Sant'Ana
quarta-feira, 28 de julho de 2010
Ética e Educação Ambiental - Colóquio no Porto
I Colóquio sobre Educação e Ética Ambiental
24 de Setembro de 2010
Porto, Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação
Programa
9.00 h Recepção dos participantes
9.30 h Abertura do colóquio
10.00 h Da etologia à ética: fundamentos bio-culturais dos valores ambientais por Professora Doutora Marina Lencastre
10.30 h Menos teoria e mais prática nas actividades de Educação Ambiental por Professor Doutor Paulo Santos
11.00 h Debate
11.30 h Será possível educar para a ética ambiental? - a ética da terra de Aldo Leopold, o sentido do maravilhamento em Rachel Carson e o movimento criança na natureza, de Richard Louv por José Carlos Marques
12.00 h O poder educativo da Natureza nas teorias pedagógicas (séc. XVII-XX) por Professora Doutora Margarida Felgueiras
12.30 h Debate
13.00 h Intervalo para almoço
15.00 h As causas e as consequências: como a Filosofia para Crianças se cruza com a ética ambiental por Professora Doutora Teresa Santos
15.30 h Animais, ciência e tecnologia: a questão ética por Professora Doutora Anna Olsson
16.00 h Debate
16.30 h Ética Animal e a expansão do círculo moral: porquê só os animais e não a natureza em geral? por Mestre Ana Lúcia Cruz
17.00 h Protecção dos animais em Portugal: percurso associativo por Mestre Alexandra Amaro
17.30 h Debate
18.00 h Encerramento do colóquio
Entrada livre com inscrição obrigatória para o email pdce08002@fpce.up.pt até 15 de Setembro de 2010.
24 de Setembro de 2010
Porto, Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação
Programa
9.00 h Recepção dos participantes
9.30 h Abertura do colóquio
10.00 h Da etologia à ética: fundamentos bio-culturais dos valores ambientais por Professora Doutora Marina Lencastre
10.30 h Menos teoria e mais prática nas actividades de Educação Ambiental por Professor Doutor Paulo Santos
11.00 h Debate
11.30 h Será possível educar para a ética ambiental? - a ética da terra de Aldo Leopold, o sentido do maravilhamento em Rachel Carson e o movimento criança na natureza, de Richard Louv por José Carlos Marques
12.00 h O poder educativo da Natureza nas teorias pedagógicas (séc. XVII-XX) por Professora Doutora Margarida Felgueiras
12.30 h Debate
13.00 h Intervalo para almoço
15.00 h As causas e as consequências: como a Filosofia para Crianças se cruza com a ética ambiental por Professora Doutora Teresa Santos
15.30 h Animais, ciência e tecnologia: a questão ética por Professora Doutora Anna Olsson
16.00 h Debate
16.30 h Ética Animal e a expansão do círculo moral: porquê só os animais e não a natureza em geral? por Mestre Ana Lúcia Cruz
17.00 h Protecção dos animais em Portugal: percurso associativo por Mestre Alexandra Amaro
17.30 h Debate
18.00 h Encerramento do colóquio
Entrada livre com inscrição obrigatória para o email pdce08002@fpce.up.pt até 15 de Setembro de 2010.
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sexta-feira, 23 de julho de 2010
Um colega no blogosfera
Paul Brain, nome classico na etologia de roedores, mantem o Professor P Brain's blog cujo objectivo é de "help students and others explore some of the 'hidden' issues involved in some media treatments of environmental and scientific issues". Tem os pes bem assentos no solo do sul de País do Gales e muitas fotografias. Recomenda-se!
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quinta-feira, 22 de julho de 2010
Of mice and men
If there is any literature-derived cliché in the scientific world that studies the two species, it is precisely this title. But in this very case, I can’t resist it. The human nature as John Steinbeck captures and describes in just over a hundred pages is also the one who is so clearly visible in a hot, if not rancorous Internet discussion going on right now. In what is expected to be a scientific forum.
The topic is the research report on pain and facial expression in mice that I wrote about here in early June. A few days ago the US-based Principal Investigator's Association asked its - and ultimately of course, a number of additional – readers if this study was consistent with existing animal welfare rules and whether there were ethical questions which should have been raised before the trial was approved and published. Of course these are not unreasonable questions to ask about a study of pain in animals.
But to ask the readers of an open web forum to act as judges in a case of whether an experiment on animals should be approved is opening a snake’s nest. At the international level there are few research issues as infected as this one. This was evident within a few hours after the question was asked, and having prepared myself to write as fact-based as possible an analysis of the question I simply choked on what had already been said. Those who take the time to scroll down through the posts will understand why. But it is worth the trouble to do it, because what follows is a unique combination of ill-invectives and critical analysis that clearly indicates how widely differing perceptions and misperceptions that exist of the animal experimentation issue. And for the researcher interested in understanding what research communication is all about, there is a lesson to be learned about how more or less critical thinking non-scientists view what is an important research issue and a reasonable method to study it. As well as how researcher colleagues tackle the task of engaging in a rancorous debate.
I myself am somewhat hesitant about whether I should be writing this post at all, because I think I will continue to reflect on this for a long time to come, and what I write now is not necessarily what I will think in a couple of months. I'm not quite convinced that it is right to draw attention to the original discussion either. As many researchers have already expressed, the issue was wrongly addressed and, above all not appropriately presented. The study is published in a journal that is not Open Access, which means that those readers who do not have access to Nature Methods must rely on the description of the study presented by Principal Investigator's Association, and which is insufficient and probably misleading on at least one central and very critical point: the how severe the pain was that the mice were exposed to.
Of course it is a huge paradox to expose animals to pain in the name of animal welfare research. This isn’t really the right description of the study in question either because the researchers are not primarily motivated by animal welfare concerns but by their research interest in pain psychology more generally. But the questions they ask and the findings they present are central for animal welfare research in a manner that is not quite easy to explain to those who are not familiar with the subject. For who seeing the world through the glasses of common sense would doubt that animals can feel pain? And how simplistic can researchers be to think it is a question worth asking?
Why then is the question of pain expression in mice important? Because the answer takes us a little bit closer to the possibility of measuring the immeasurable - that is, animal subjective experience. This, or more precisely consciousness, is what one of the world's pioneering animal welfare scientists - Oxford behavioural biologist Marian Dawkins – described as the one major remaining mystery in biology. And it sits right in the center of animal welfare research. Whether it justifies the current study is another issue that science media will continue to discuss over the coming weeks. I will update with links.
The topic is the research report on pain and facial expression in mice that I wrote about here in early June. A few days ago the US-based Principal Investigator's Association asked its - and ultimately of course, a number of additional – readers if this study was consistent with existing animal welfare rules and whether there were ethical questions which should have been raised before the trial was approved and published. Of course these are not unreasonable questions to ask about a study of pain in animals.
But to ask the readers of an open web forum to act as judges in a case of whether an experiment on animals should be approved is opening a snake’s nest. At the international level there are few research issues as infected as this one. This was evident within a few hours after the question was asked, and having prepared myself to write as fact-based as possible an analysis of the question I simply choked on what had already been said. Those who take the time to scroll down through the posts will understand why. But it is worth the trouble to do it, because what follows is a unique combination of ill-invectives and critical analysis that clearly indicates how widely differing perceptions and misperceptions that exist of the animal experimentation issue. And for the researcher interested in understanding what research communication is all about, there is a lesson to be learned about how more or less critical thinking non-scientists view what is an important research issue and a reasonable method to study it. As well as how researcher colleagues tackle the task of engaging in a rancorous debate.
I myself am somewhat hesitant about whether I should be writing this post at all, because I think I will continue to reflect on this for a long time to come, and what I write now is not necessarily what I will think in a couple of months. I'm not quite convinced that it is right to draw attention to the original discussion either. As many researchers have already expressed, the issue was wrongly addressed and, above all not appropriately presented. The study is published in a journal that is not Open Access, which means that those readers who do not have access to Nature Methods must rely on the description of the study presented by Principal Investigator's Association, and which is insufficient and probably misleading on at least one central and very critical point: the how severe the pain was that the mice were exposed to.
Of course it is a huge paradox to expose animals to pain in the name of animal welfare research. This isn’t really the right description of the study in question either because the researchers are not primarily motivated by animal welfare concerns but by their research interest in pain psychology more generally. But the questions they ask and the findings they present are central for animal welfare research in a manner that is not quite easy to explain to those who are not familiar with the subject. For who seeing the world through the glasses of common sense would doubt that animals can feel pain? And how simplistic can researchers be to think it is a question worth asking?
Why then is the question of pain expression in mice important? Because the answer takes us a little bit closer to the possibility of measuring the immeasurable - that is, animal subjective experience. This, or more precisely consciousness, is what one of the world's pioneering animal welfare scientists - Oxford behavioural biologist Marian Dawkins – described as the one major remaining mystery in biology. And it sits right in the center of animal welfare research. Whether it justifies the current study is another issue that science media will continue to discuss over the coming weeks. I will update with links.
sexta-feira, 16 de julho de 2010
Os peixes pensam?
"O que responderia se um jornalista lhe perguntar se os peixes pensam?"
Foi a ultima pergunta a ser colocada nas 3 horas de provas de doutoramento da Leonor Galhardo que defendeu hoje no ICBAS (Universidade do Porto) a sua tese com o título Teleost welfare: Behavioural, cognitive and physiological aspects in Oerochromis mossambicus.
"Sim, os peixes pensam", respondia a (então) doutoranda, explicando que com isto queria dizer que no sentido de ter um processamento mental do seu ambiente e uma experiência subjectiva dele, os peixes pensam.
Deixamos os nossos parabens à Doutora Leonor Galhardo - e para quem tiver mais paciência do que a hipotetica jornalista segue o resumo da tese.
Foi a ultima pergunta a ser colocada nas 3 horas de provas de doutoramento da Leonor Galhardo que defendeu hoje no ICBAS (Universidade do Porto) a sua tese com o título Teleost welfare: Behavioural, cognitive and physiological aspects in Oerochromis mossambicus.
"Sim, os peixes pensam", respondia a (então) doutoranda, explicando que com isto queria dizer que no sentido de ter um processamento mental do seu ambiente e uma experiência subjectiva dele, os peixes pensam.
Deixamos os nossos parabens à Doutora Leonor Galhardo - e para quem tiver mais paciência do que a hipotetica jornalista segue o resumo da tese.
O bem-estar de peixes tem sido predominantemente associado a um funcionamento fisiológico equilibrado, tal como avaliado através de medidas de stress. No entanto, aquilo que os animais sentem acerca das suas próprias circunstâncias constitui o cerne do conceito de bem-estar, o qual depende pois da assunção de que os animais são sencientes e detêm algum grau de consciência. Dados recentes de neuroanatomia, cognição e comportamento, revistos no Capítulo 1, sugerem fortemente que o conceito de senciência pode ser alargado aos peixes. Assim, o estudo do bem-estar dos peixes não se deve continuar a restringir ao stress, antes exigindo o desenvolvimento de métodos para avaliar estados mentais, bem como uma melhor compreensão dos aspectos psicológicos enquanto partes de mecanismos de ajuste. Em resposta a alterações do ambiente, os peixes processam a informação mentalmente e desenvolvem mecanismos de ajuste com o objectivo de manterem a alostase. Os objectivos da presente tese consistem na identificação de indicadores importamentais e fisiológicos que informem indirectamente sobre os estados mentais dos peixes em circunstâncias particulares, e na identificação de moduladores psicológicos da resposta ao stress, nomeadamente o papel da envolvente social e da previsibilidade de eventos relevantes neste processo. O modelo usado foi a tilápia moçambicana (Oreochromis mossambicus), tendo em conta que a sua biologia é bem conhecida, que é muito adaptável a condições artificiais, e que tem uma importância económica crescente. Esta espécie possui um sistema social elaborado, no qual os machos territoriais escavam depressões no substrato, para os quais atraem as fêmeas para a reprodução.
No Capítulo 2, foram comparados grupos de peixes vivendo com e sem substrato. A ausência de substrato enfraqueceu o estabelecimento de dominância pelos machos, diminuiu os comportamentos sexuais e territoriais (escavação do ninho e pairar sobre o ninho), promoveu possíveis comportamentos anormais (e.g. escavação de ninho no vácuo), diminuiu os níveis gerais de actividade e a diversidade de comportamentos, e
não teve influência nos níveis de agressão. Ao nível fisiológico, não houve diferenças nos níveis de cortisol e de glucose, mas o hematócrito foi significativamente inferior nos machos sem acesso ao substrato. No Capítulo 3, a avaliação de preferência pelo substrato mostrou que os machos territoriais preferem passar mais tempo num compartimento com substrato, tendo esta preferência sido ainda maior num contexto de reprodução. Tantos os machos territoriais como os não territoriais preferiram alimentar-se no compartimento com substrato. No Capítulo 4 procurou-se adaptar um paradigma de “porta de empurrar” (‘push-door’) ao estudo da motivação dos peixes para acesso a alimento, parceiro social ou apenas substrato (controlo). As medidas adoptadas foram a latência da abertura da porta, a eficiência do trabalho (enquanto medida da atenção) e o custo máximo pago. Os resultados sugeriram que os machos valorizam o alimento e o parceiro social de uma forma similar, e mais que um compartimento apenas com substrato. Foi aparente que os machos territoriais tendem a valorizar o parceiro social mais que os machos não territoriais. No Capítulo 5
procurou-se validar o uso de cortisol como medida de stress na tilápia moçambicana.A variação diária de cortisol mostrou um aumento gradual durante o período nocturno e um pico no início da manhã. O isolamento social causou um aumento nos níveis de cortisol dos machos não territoriais. Foi feito um desafio in vivo que mostrou uma resposta por patamares, com os níveis de cortisol variando desde uma nível de base até um patamar superior sob níveis crescentes da dosagem de estimulação por ACTH. No Capítulo 6, os peixes foram submetidos a um teste de neofobia (objecto novo) e de confinamento, em diferentes contextos sociais. O objecto novo promoveu o comportamento exploratório dos machos quando não perturbados e em contacto visual com uma fêmea familiar, mas não afectou os padrões de inactividade nem as interacções com as fêmeas, em qualquer contexto social. A resposta de stress ao confinamento não foi afectada pelo contexto social. O Capítulo 7 analisou como a previsibilidade pode afectar a resposta ao stress por estímulos com diferentes valências. Um aumento dos níveis de cortisol foi a resposta ao confinamento não previsível. Níveis mais elevados de comportamento antecipatório e uma tendência para aumento do cortisol sugerem que eventos previsíveis de alimentação também podem despoletar uma resposta ao stress.
Os estados mentais são uma componente fundamental da avaliação do bem-estar, mas não são acessíveis ao escrutínio humano directo. Quando interpretados independentemente umas das outras, as medidas fisiológicas e comportamentais não são suficientes para informar sobre os estados internos. Desta tese pode-se concluir que uma combinação de estudos de privação, preferência e motivação, junto com a medida de parâmetros fisiológicos como o cortisol, é provavelmente uma abordagem relevante para inferir indirectamente sobre as experiências subjectivas dos peixes. O processamento da informação externa pelos peixes envolve uma componente psicológica. Este facto tem de ser tido em conta na interpretação das resposta ao stress e na gestão do bem-estar de peixes em condições artificiais.
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quarta-feira, 14 de julho de 2010
"Enriquecimento ambiental combate cancro"
A revista The Scientist dá-nos a conhecer um estudo recente no qual ratinhos a viver em ambiente espacial, funcional e socialmente enriquecido desenvolveram tumores menores que ratinhos em caixas padrão, após receberem um enxerto com células de melanoma. Os que tinham vivido 3 semanas antes da indução dos tumores apresentavam uma redução de 43 %, ao passo que animais vivendo nestes ambientes 6 semanas antes da indução tinham tumores 77% mais pequenos que os seus congéneres em ambientes não enriquecidos. Este estudo, com resultados bastante consistentes, foi publicado na Cell, merecendo uma leitura atenta.
Na minha opinião, isto assume particular relevância devido às assimetria que encontramos entre o contexto ambiental pré-clínico e os estudos clínicos que lhe sucedem. Humanos que participam em estudos clínicos levam vidas ricas ao nível sensorial, social, cognitivo e motor (ou pelo menos bem mais que ratinhos em pequenas caixas onde a estimulação destes domínios é escassa). Um dos meus argumento é que o enriquecimento ambiental (se biologicamente relevante) não só melhora a vida dos animais como também aumenta a validade externa dos dados provenientes do seu uso. e isto tem vindo a ser crescentemente corroborado por estudos científicos.
Digo eu...
Foto obtida da revista The Scientist
Na minha opinião, isto assume particular relevância devido às assimetria que encontramos entre o contexto ambiental pré-clínico e os estudos clínicos que lhe sucedem. Humanos que participam em estudos clínicos levam vidas ricas ao nível sensorial, social, cognitivo e motor (ou pelo menos bem mais que ratinhos em pequenas caixas onde a estimulação destes domínios é escassa). Um dos meus argumento é que o enriquecimento ambiental (se biologicamente relevante) não só melhora a vida dos animais como também aumenta a validade externa dos dados provenientes do seu uso. e isto tem vindo a ser crescentemente corroborado por estudos científicos.
Digo eu...
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Nuno Franco
terça-feira, 13 de julho de 2010
Guide for the Care and Use of Agricultural Animals in Research and Teaching
A Federação das Sociedades de Ciência Animal (FASS, em inglês) editou a terceira edição do Guide for the Care and Use of Agricultural Animals in Research and Teaching. A versão electrónica do guia está disponível para download gratuito. Trata-se de uma ferramenta muito útil e transversal para todos aqueles que trabalham em ciência de animais de produção: bovinos de leite e de carne, cavalos e aves, pequenos ruminantes e suínos. Os capítulos são sintéticos mas condensam informação útil, não só para veterinários e cientistas, mas também para os produtores e responsáveis pelas explorações pecuárias.
segunda-feira, 5 de julho de 2010
Do lobo ao cão. E do cão ao cão de gado.
"Foi longa e tortuosa a evolução. Difícil. Mas as características que, actualmente, estão fixadas nas raças nacionais de cães de gado constituem um património genético invejável. Que não se pode perder. Contribuir para a preservação dos cães de gado e para divulgar a exigente tarefa que constitui o árduo quotidiano destes cães é o desafio deste livro. Esta obra vive da imagem e dos testemunhos de pastores e investigadores – plena de cor, acção e dramatismo. Para o leitor constituirá o regresso a um universo que julga perdido: o mundo rural, com os cães em acção guardando rebanhos e manadas, defendendo-os dos lobos e realizando combates de vida ou morte. Os cenários são naturais: as grandes serranias a norte do Douro, os cumes de Castro Laboreiro, os alcantis da Peneda, as encostas do Alvão. Aí, nesses ambientes selvagens, veremos como se entrecruzam destinos: ovelhas e vacas das ameaçadas raças autóctones, velhos pastores armados com cães e cajados. E como sobrevivem os velhos costumes e saberes – ante o desaparecimento de tradições como a transumância."
Saiba mais sobre o Grupo Lobo, sobre o Projecto Cães de Gado ou compre o livro.
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Manuel Sant'Ana
sexta-feira, 2 de julho de 2010
Eticologo
A única animalidade deste post é humana, mas em tempos de futebol é permitida uma excepção da regra, não é?
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quinta-feira, 1 de julho de 2010
O que pensa sobre bem-estar animal? Diga à CE!
A União Europeia está a avaliar a sua politica do bem-estar animal e pede a opinião das partes interessadas atraves de um questionário on-line que está aberto até 31 de Julho. Participe!
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