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terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Deve haver cavalos nas ruas de Nova Iorque?

Bill de Blasio é presidente de Nova Iorque. Um dos assuntos na sua agenda política é o futuro dos cavalos que puxam carruagens nas ruas e parques da cidade. É uma prática desumana, diz de Blasio, que a quer banir.

A controvérsia não tardou. Tal como em outras cidades, como Viena e Sintra, as charretes e os seus cavalos são emblemáticas e há muita gente que não quer ver a sua cidade sem elas.

O igualmente emblemático jornal New York Times pegou no assunto e lançou um debate. Sob o título Horse Carriages Are Not Just A Ride In The Park, convidou um conjunto de pessoas com perspetivas diferentes a pronunciar-se sobre o futuro dos cavalos nas ruas de uma cidade com 8 milhões de habitantes e um número desconhecido de carros.

O frio do inverno provavelmente é mais problemático para os passageiros do que para os cavalos. Já os dias de verão com temperaturas acima dos 30ºC e elevada humidade são mais problemáticos para os cavalos.
O veterinário e especialista em saúde equina Harry H Werner argumenta que os cavalos estão de boa saúde, vivem em boas instalações e são bem cuidados. Contrária a esta visão, Holly Cheaver, também veterinária e representante de associações de proteção animal, defende que as condições nas ruas de Nova Iorque  e também nos estábulos são nefastas para o bem-estar dos cavalos.

Um terceiro veterinário, Dean W Richardson, defende o valor dos cavalos como uma forma de dar a conhecer os animais aos cidadãos urbanos e que a forma de abordar os problemas deve ser através da regulação e não da proibição.O académico Kenneth Shapiro, por sua vez, discorda que este uso de cavalos sirva como exemplo de uma boa relação humano-animal.

O debate acima referido decorreu há um ano. A proposta agora em cima de mesa é um phasing-out da atividade. Os charretistas marcaram um dia de greve em protesto.

2 comentários:

  1. Como se desconhece o tempo que os cavalos permanecem atrelados, horas que trabalham e as condições de como são tratados quando estão nos estábulos não é dificil ter opinião, se se deve por fim as charretes nas ruas das ou não....
    Por exemplo tenho conhecimento de cavalos mal tratados pelso donos, que se tornaram assustadiçoes e violentos, que com amor e cuidados, voltaram a recuperar a sua saúde e se tornaram cavalos normais e muito amigos dos seus salvadores...
    Costumo dizer que cavalos sao cães grandes, pois muitas vezes vejo-os comportar como tal...
    Tem gostos muito especificos, conhecendo-os conseguimo-nos aperceber dos seus gostos, há cavalos que simplesmente adoram saltar, fazem-no montados como o fazem quando estão soltos e vemos a alegria nos olhos deles.
    Há cavalos que vivem em instalações que tomaramos nós ter essas condições e confortos em nossas casas...tudo depende dos donos...
    tal e qual como os cães...há donos que os tem presos com uam corrente de 1 m ou num espaço onde mal podem esticar as patas...outros metem-lhes um prato na mesa de jantar...

    JRangel

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  2. Pois eu tenho dificuldade em aceitar que a actividade seja banida (apesar de nunca ter ido a Nova Iorque nem ter andado de charrete em qualquer outra cidade do mundo). Nao deixa de ser sintomático que a veterinária da Humane Association só cite um estudo com 30 anos de idade e que nao foi publicado. Ora em 2015, nem a cidade é a mesma, nem a poluicao é comparável (e porventura o próprio clima). Fazem falta estudos cientIficos sobre o tema. é preciso estudar a actividade, regular o que tiver que ser regulado e, se se justificar, pensar em banir.
    Porque nao comecar por construir coberturas para os cavalos nas zonas de recolhas de passageiros? Porque nao disponibilizar podómetros e medir o tempo em que os cavalos estao em repouso e em andamento?

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